Um pouco atrasado, mas continuo persistindo no intuído de manter uma regularidade neste blog. Alguns poderiam dizer que a ultima semana foi “pesada”. Eu prefiro reconhecer que ela na verdade representa o cotidiano de qualquer ser humano. Compreendendo-o como individuo capaz de sonhar e sentir suas emoções.
A semana que passou, iniciou-se com expectativas das comemorações que se aproximavam, diante da consagração, da antiga, maioridade civil de uma amiga especial, que como borboleta nesta data se transmuta e sai de seu casulo, renovada, deixando transborda sua beleza interior. Como só acontece com ela, esse período é repleto de duvidas, medo e anseios, que desaparecem como nevoa no alvorecer do dia festivo.
Não nego, gosto de estar próximo daqueles que admiro, nesses momentos, que são únicos. Neste caso teria, como em outros anos, de dividi-la com uma torcida capaz de lotar um maracanã. MOMENTO DE RENASCIMENTO, renovação de crenças, ainda mais no dia da minha consagrada protetora.
Inicio essa semana, entretanto, com apreensão, diante da noticia de que aquela que trouxe ao mundo uma pessoa também tão querida passa por MOMENTO DE INCERTEZA desse plano espiritual.
Renovação, Incerteza, duas face de uma mesma moeda que alguns filósofos chamam de VIDA. E numa tentativa de compreender o que estava ocorrendo, resolvi relembrar a historia de um ícone: Chico Xavier. Literatura que recomendo, sem ressalvas. Não gosta de ler, veja o filme.
Afinal, diante da ambivalência entre RENASCIMENTO e INCERTEZA, devemos reconhecer que a vida é exatamente isso. Um conjunto de perspectivas e expectativas, que conforme o referencial nos guia em direção opostas aos nossos sentimentos, ou nos aproxima dos sonhos.
Viver não é apenas sonhar, é ser capaz de sentir a emoção dos seus sonhos realizados ou não. É sempre acorda a cada manha com perguntas novas, sem ter ainda obtido respostas para as do dia anterior.
O que para muitos significaria tristeza ou insegurança. Cada dia mais percebo como as pessoas tem medo de formular perguntas, na incerteza de não conseguirem uma resposta. E como as respostas, poucas na juventude, são comemoradas como o fim em si mesmo. Parafraseando uma letra do Capital Inicial:
O que o futuro reserva pra mim?
Uma vida de tédio ou diversão sem fim?
Onde o destino vai me levar ?
A vida é inventada e descoberta
Eu não tenho as respostas
E também não sei se essas são
As perguntas certas
Os jovens têm tempo. Tempo para chorar as perguntas sem respostas. Com a maturidade, que se adquire com a idade, vem à descoberta de que viver não é esperar a tempestade passar. Mas, aprender a dançar na chuva. As perguntas do cotidiano podem parecer inicialmente como uma chuva leve que aos poucos são preenchidas por trovoadas e ventos que chegam a balançar os alicerces das convicções mais firmes.
Alguém perguntaria. E o Chico Xavier o que tem haver com tudo isso? Eu diria: leia o livro, leia o livro.....E descubra nele a fragilidade humana diante das perguntas e raras respostas que o ajudaram a trilhar seu próprio caminho, rompendo com sua sina.
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os Nossos pais (Belchior)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário